quinta-feira, 21 de novembro de 2013




As portas se abriram

Escancaradas, deixam ver a felicidade bem de perto

Mostram com detalhes os sonhos que deixamos lá

Maiores do que os que lembrávamos

As mãos quase podem tocar

Cada vez mais perto 

Dão fôlego para correr

Ainda mais rápido

Chegar onde não conheço

Onde aponta o fio que me levou aqui

Me ensina a ver o que eu não via

Segurar suas mãos

Para mostrar nosso lugar


terça-feira, 22 de outubro de 2013


Se espalha no sofá

Esticado até os pés não caberem mais

Arrumo espaço

Entre as almofadas

Brigando contra seus braços

Para me abraçar mais

Esperando nosso filme começar

Sem cortes

Nosso making of

Tem declarações de amor

E beijos no trailer

Discussões de açúcar

Mortes de riso

Legenda em mensagens de celular

Mãos pedindo silêncio

Romance na hora de dormir

No aninhamento que traz um aconchego

Onde a paz não sabe sair


Me mostre de onde vem esse amor

Uma receita para curar tudo que ainda dói

Pinta o céu de azul

Que hoje eu vou te ver

Fazer sorrir mesmo sem abrir a boca

Meu amor vai te cobrir

Vai dizer depois

Se minhas mãos souberam lhe segurar


Um beijo só

Para mostrar que nada importa mais que nós dois

Um sopro vai afastar os medos

Que se agigantaram de uma só vez

Minha mão vai encontrar a sua

Mostrando quantos atalhos vou criar

Para te levar comigo


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quando fechar os olhos

O pensamento deve vir forte

Como um sopro que esbofeteia o ar

As imagens vão colidir

Até formar a silhueta

Do desejo mais concreto

Simples é ver de olhos fechados

Escolher o que deve ser visto

Diante de uma multidão

Que acena ao mesmo tempo que se despede

As horas tiram o fôlego

Quando se percebe estar parado

E o desespero se instala ao ver todo o trajeto a ser percorrido

Como seguir adiante?

Pegando carona no que me sacode agora?

Se por dinheiro não durmo

Se por cansaço os olhos pesam

Até alguém lhe oferecer a mão

Um sorriso gratuito

Um abraço sincero

Que acolhe no colo as angústias

Que aquieta o coração colado ao peito

E permite pensar

Que há coisas muito maiores

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Acordo e vejo seu rosto

Nos meus olhos cerrados

Seu sorriso vendido

Pela mínima graça

Não foi preciso muito esforço

Para gostar

Para colar as mãos

Ninar no beijo

Uma história que começa no meio

Com uma força de erguer os olhos no futuro