sábado, 10 de dezembro de 2016

Me interessam as notícias

Óticas distintas

Meia hora das desgraças

Engloba políticas partidárias

Repetem sem cessar

Envolvidos em anúncios

Ninguém sabe ao menos quem sou

Opino do sofá

Sobre os fatos

Ontem, amanhã já esqueceu

O avião caído, hoje é lembrança

Que apenas a retrospectiva traz


E se desfaz com os fogos da virada

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Nó entre nós

Na garganta um grito

Esperar é uma metodologia de tortura

Na mente uma pista

Velocistas a fazer planos

Correm e correm

A quilometrar medidas

Que não tem arestas ou quinas

Verticalizando as falas

Planos e planos

Rasos como como uma poça

Que afoga as formigas

Relativizando as teorias

Ainda corro em pensamento

Dando voltas e voltas
Meu relógio tem despertador

Ainda não acordei do sonho

Ainda vejo você

Bem onde deixei

Do ponto onde parei

Dou voltas para ver se me convenço

Se a realidade é tão paralela assim

Tão confortável nesse furacão

Revirando respostas

Onde não há

Felicidade acontece em reticências


quarta-feira, 13 de abril de 2016

A estrada por onde eu vou

Não tem placa

Nenhuma sinalização

Cada curva um mistério

Muitos buracos

Cair e levantar parece um hábito

Adquirido com veemência

Nem fogos de artifício

Nem sinalizador

Indica festa na chegada

Sem saber onde o próximo passo vai dar


Vou lá

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Há um espaço tênue entre o sonho e a realidade

Foi aí que decidimos atravessar essa linha

Colocando um caminho a nossa frente

A seguir

Parece justo comemorar

Bodas de beijinho

Justificáveis

Pois são dias tão doces

Que rolar no coco para testar os acertos

É uma boa explicação

Doce

Como em toda medida

Ás vezes ainda são demasiadamente grandes para caber na forminha

Outras, pequenas demais para se sustentarem sozinhas

Até que se chega a uma só medida