domingo, 16 de maio de 2021

 

Faço o possível para entender

Que acreditar é o que sustenta a alavanca

Tão enorme é o desejo de arriscar

Nem que invente outro caminho

Desenho o que acreditei ser o horizonte

À frente de todo caminho

Uma reta que corta e rejunta os corações

Remendo os paralelos

Desembocando na linha do Equador

No meridiano do pensamento mais profundo

Enquanto organizo as reflexões

Antes de abrir os olhos na manhã de domingo

 

Me escondo na possibilidade

De encontrar uma explicação

Cada interrogação entala na garganta

Sem saber por onde se vai com tanta pressa

Não sei dizer em que ponto chegamos

Nenhum ponto é distração

Me cobram filhos que ainda não tive

Segredos que não compartilho

Carro que ainda nem dirijo

O relógio tem ponteiros

Com segundos exigentes demais

Cobrando novidades que ainda não tenho