Quando fechar os olhos
O pensamento deve vir forte
Como um sopro que esbofeteia
o ar
As imagens vão colidir
Até formar a silhueta
Do desejo mais concreto
Simples é ver de olhos
fechados
Escolher o que deve ser
visto
Diante de uma multidão
Que acena ao mesmo tempo que
se despede
As horas tiram o fôlego
Quando se percebe estar parado
E o desespero se instala ao
ver todo o trajeto a ser percorrido
Como seguir adiante?
Pegando carona no que
me sacode agora?
Se por dinheiro não durmo
Se por cansaço os olhos
pesam
Até alguém lhe oferecer a
mão
Um sorriso gratuito
Um abraço sincero
Que acolhe no colo as
angústias
Que aquieta o coração colado
ao peito
E permite pensar
Que há coisas muito maiores