segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quando fechar os olhos

O pensamento deve vir forte

Como um sopro que esbofeteia o ar

As imagens vão colidir

Até formar a silhueta

Do desejo mais concreto

Simples é ver de olhos fechados

Escolher o que deve ser visto

Diante de uma multidão

Que acena ao mesmo tempo que se despede

As horas tiram o fôlego

Quando se percebe estar parado

E o desespero se instala ao ver todo o trajeto a ser percorrido

Como seguir adiante?

Pegando carona no que me sacode agora?

Se por dinheiro não durmo

Se por cansaço os olhos pesam

Até alguém lhe oferecer a mão

Um sorriso gratuito

Um abraço sincero

Que acolhe no colo as angústias

Que aquieta o coração colado ao peito

E permite pensar

Que há coisas muito maiores